Polenta News adverte: Governo Sartori/Alceu fizeram mal para a Cultura

Estrearemos uma nova série de postagens que tem como objetivo relembrar os desmandos cometidos pela administração Sartori/Alceu ao longo de oito anos. Nosso objetivo é romper a blindagem que foi feita pela mídia, graças aos R$ 2 milhões em publicadade, e pela cidade de fantasia mostrada na propaganda eleitoral. Aqui só traremos os fatos. O tema de hoje é CULTURA.




Capital da Cultura ou Cultura do Capital - O título de "Capital da Cultura" recebido por Caxias trouxe muita pouca cultura para nossa cidade. Além da propaganda feita pela prefeitura pouca produção cultural foi realmente estimulada em nossa cidade. A cultural popular não foi valorizada, com excessão daquele que havia correligionários do prefeito. Nas artes, na música, na dança, no teatro, nada mudou. A agenda cultural é, cotidianamente, construída atraves de grupos, que sobrevivempor conta própria e apenas ocupam os espaços públicos para suas apresentações. Isso é tão verdade que o bordão foi criado. Caxias do Sul tem a Cultura do Capital. 


Patrocínio Polêmico - Enquanto os produtores culturais locais precisam preencher páginas e páginas de papeis para conseguir um pequeno recurso de algum fundo de incentivo, uma produtora de Porto Alegre recebeu R$ 100 mil como patrocínio para um documentário sobre Caxias do Sul. A promessa era de que o filme seria exibido em cinema, ônibus do Caxiense, avião, praça pública, escolas, etc. A promessa de ficar pronto para a Festa da Uva não se cumpriu. Para o centenário de Caxias, também não aconteceu. No final das contas poucas pessoas viram o filme. 

Filtro Cultural I - A primeira realização do governo Sartori/Alceu foi a tentativa de impor um Filtro Cultural para as apresentações da Casa da Cultura. Maria Inez Périco, CC da Secretaria de Cultura teve a brilhante ideia de querer proibir shows de "rock" e assemelhados, pois segundo a moça os roqueiros estragam as cadeiras. A reação contrária foi tão grande que ela teve que voltar atrás.

Filtro Cultural II - Maria Inez Périco guardou a ideia na mente e resolveu aplicar, sua "política cultural", quando assumiu a administração do Centro de Cultura Dr. Henrique Ordovás Filho. Sua primeira grande ideia foi proibir shows, que não fossem acústico, no espaço do Zarabatana Café. Seu objetivo era fazer com que as pessoas usassem a "Casa de Teatro" que tinha sido recém reformado e que não agradou os produtores culturais. Novamente com reação indignada de artistas e frequentadores do local, Périco voltou atrás, porém ela não desistiu.

Filtro Cultural III - Na terceira tentativa Périco finalmente consegue seu intuito de acabar com um dos poucos lugares de apresentação de música autoral de Caxias do Sul. Na revisão do contrato com o Zarabatana ela impõem um toque de recolher, às 23 horas. Nesse horário o Centro de Cultura deve estar fechado e, com isso, grande parte da movimentação cultural do local acaba sendo barrada pelo horário.

O vai e volta do Carnaval de Rua - O carnaval de rua de Caxias sofreu maus bocados nos ultimos anos. Depois de ter sido valorizado e qualificado durante o governo Pepe Vargas, ele sofreu com desoreganização e falta de interesse do poder público. A primeira ação da prefeitura foi positiva, cobrou as prestações de contas das Escolas de Samba e da Liga Carnavalesca. Entretanto ao fazer isso não apresentou soluções para resolver o problema gerado as agremiações. Ainda havia a subserviência e a complacência que a Secretaria de Cultura tinha com a Liga Carnavalesca comandada por Cassiano Fontana (Amarelinho). A situação só melhorou quando a diretoria toda da Liga foi substituida. Esse ano o Carnaval de Rua sofreu novamente com a falta de prestígio e somente metade da agremiações que eram esperadas.

Mudança do nome do Fundo Procultura - Foi na prática isso. Um projeto simplesmente mudou o nome do programa para Financiarte. Além disso só foi acrescentado pagamento para quem analisa os projetos. Não havia nenhum objetivo de aperfeiçoar o programa ou destinar mais valores. A motivação era somente fazer uma nova roupagem para parecer um novo programa e esconder a origem de quem realmente criou o fundo. Além de não haver aumento de valores há a diminuição, pois uma parte dele é destinado ao pagamento de jetons.

Patrimônio Histórico - Além de praticamente não conservar nenhum prédio histórico. O governo municipal não tem nenhuma política de preservação. Isso tanto é verdade que recentemente um antigo moinho, em Ana Rech, foi parcialmente demolido. Só não foi totalmente ao chão por causa da mobilização da comunidade local. Para piorar o vereador Francisco Spiandorello (PSDB), da base do governo municipal na Câmara, entrou com um projeto de lei aumentando de 50 para 75 anos a idade mínima para um prédio ser considerado como patrimônio histórico.

Caxias é uma cidade com quase 500 mil habitantes. Apesar disso ela é provinciana. A mentalidade conservadora impede que nossa cidade cumpra seu papel de liderança regional. Da mesma forma que cumprimos esse papel em relação a economia, sendo polo metalmecânico, na cultura estamos muito atrás de cidades como Canela, Gramado, Bento, Nova Prata. Precisamos urgentemente mudar esse cenário. Do jeito que está não dá.


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